Bem-vindo à nossa página de Resumos de Livros!
Aqui, você encontrará uma seleção cuidadosamente elaborada de resumos concisos e informativos de diversas obras literárias.
“Roube Como Um Artista: 10 dicas sobre criatividade” (2012) — no original “Steal Like an Artist: 10 Things Nobody Told You About Being Creative” — é um manifesto curto e muito prático de Austin Kleon sobre como produzir em vez de esperar inspiração. A tese central derruba o mito da originalidade absoluta: nada surge do zero. Ideias nascem do encontro entre referências, e “roubar” significa observar com atenção, colecionar o que importa, estudar a fundo os modelos e transformar tudo isso em algo seu, com crédito e respeito. O artista-colecionador funciona como curador do próprio repertório.
Em vez de aguardar descobrir “quem você é” para começar, Kleon insiste no inverso: comece, e a identidade aparece no fazer. Copiar os heróis é o ponto de partida para compreender estruturas, ritmos e soluções; logo depois, a emulação ultrapassa a cópia e revela a própria voz, justamente onde a técnica ainda falha e o gosto puxa para outros caminhos. A maturidade criativa não é revelação mística, é evidência acumulada de prática.
Outra chave do livro é produzir aquilo que você gostaria de consumir. Se falta um tipo de história, ilustração, vídeo ou app, transforme essa ausência em projeto. Esse “olhar de fã” desloca a ansiedade por ideias “geniais” e aproxima a criação do próprio entusiasmo. Quando o assunto amado encontra a habilidade treinada, aparece combustível para insistir até o fim.
Para destravar a mente, o autor sugere usar as mãos. Alternar momentos analógicos — papel, tesoura, cola, canetas, quadros brancos — com a etapa digital de edição e publicação evita tanto o excesso de abstração quanto o perfeccionismo que paralisa. O rascunho é bagunçado de propósito; depois, o computador organiza e finaliza.
Kleon reabilita projetos paralelos e hobbies como parte do processo, e não fuga dele. Cozinhar, tocar um instrumento, fotografar, jardinagem: interesses variados alimentam soluções inesperadas no trabalho principal. A “procrastinação produtiva” é mudar de foco quando a energia baixa, mantendo a curiosidade acesa sem abandonar o compromisso de voltar e concluir.
Compartilhar é metade do segredo. Não se trata só de lançar obras finalizadas, mas de mostrar bastidores, rascunhos e descobertas. Publicar o processo atrai pares, constrói comunidade e acelera o aprendizado em público. Em vez de cultivar mistério, vale cultivar generosidade: elogiar referências, dar crédito explícito, indicar livros e ferramentas.
A geografia pesa menos do que antes. Dá para “construir o próprio mundo” conectando-se com pessoas e ideias de qualquer lugar, mas o livro também lembra da importância de sair de casa: caminhar, visitar bibliotecas, ver shows e exposições, observar gente. Alternar conexão e presença física areja a cabeça e renova o olhar.
Gentileza é estratégia. Ser correto e generoso com colegas, ídolos e desconhecidos abre portas que talento sozinho não abre. Evitar brigas improdutivas, escrever cartas de agradecimento e celebrar o trabalho alheio fortalece redes e reputação — um ativo decisivo em carreiras criativas.
O conselho mais prosaico talvez seja o mais crucial: “seja chato” o suficiente para terminar. Durma bem, cuide das finanças, use prazos, calendário de hábitos e um diário de bordo simples. Mantenha um emprego enquanto for necessário. Glamour interessa menos do que cadência; obras nascem de rotina e de limites claros.
No fecho, “criatividade é subtração”: escolher o que cortar para que o essencial apareça. Restrições de tempo, orçamento, ferramentas e formato funcionam como trilhos que diminuem decisões e ampliam foco. Em um mundo saturado de possibilidades, distinguir-se passa mais por lapidar do que por acumular.
Em suma, “Roube Como Um Artista” oferece um método enxuto para quem quer criar sem esperar permissão: colecionar e transformar referências com ética, agir antes de se sentir pronto, brincar no analógico, sustentar a prática com rotinas simples, compartilhar o caminho e adotar limites como aliados. É um livro curto, legível de uma sentada, mas fácil de reler a cada projeto — não para prometer genialidade, e sim para garantir trabalho feito.
O livro “Oportunidades Disfarçadas: Histórias reais de empresas que transformaram problemas em grandes oportunidades” é um compilado de artigos apresentando casos que ocorreram na história, onde uma pessoa ou uma equipe conseguiu criar um produto ou serviço enxergando oportunidades. A obra foi escrita por Carlos Domingos, publicada em 2009 e é considerada uma das referências em inovação e empreendedorismo no Brasil.
O autor defende a ideia de que muitas oportunidades de negócios estão disfarçadas em situações aparentemente corriqueiras, e que é possível identificá-las a partir de uma mudança de perspectiva e uma análise atenta do ambiente e das necessidades das pessoas. Para isso, ele apresenta diversos exemplos e casos reais de empreendedores que souberam enxergar além do óbvio e transformar ideias simples em negócios rentáveis.
Ironicamente, o próprio autor enxergou nesses eventos uma oportunidade, compilando-as em um livro. Muitos dos casos são de empresas e produtos extremamente famosos e que existem até hoje, empresas das quais atuavam em determinado ramo e que, repentinamente, depois de identificar tais oportunidades, mudaram completamente seu nicho.
São oportunidades disfarçadas em crises, concorrências acirradas, reclamações de clientes, falta de recursos, erros e fracassos, problemas pessoais, ressentimentos, situações de rotina ao seu redor, entre outras situações em geral.
Não há ninguém melhor para resolver um problema do que a própria pessoa que vive a situação e precisa de uma solução. Por isso, fica evidente a importância de ser criativo e inovador, além de ser necessário atender bem os clientes e lembrar-se sempre da identidade e do DNA da empresa.
É interessante observar que, na maioria dos casos, existem semelhanças que acabam formando padrões entre as pessoas que observaram tais oportunidades e tiveram sucesso. Por conta disso, no fim do livro o autor resume 10 maneiras de se identificar uma oportunidade disfarçada.
São elas: levantar casos semelhantes ao que estamos vivendo; não seguir cegamente os teóricos e suas regras; ser inovador sem inventar nada, buscando inovar nas etapas menores dos processos; ser capaz de mudar de opinião e de direção; estar presente nos lugares que estiver fisicamente presente, pois somente com atenção plena enxergamos os pequenos detalhes; na dúvida, sempre perguntar ao consumidor; não desistir, pois todas as empresas passam por dificuldades; não se acomodar nos momentos de prosperidade, buscando sempre estar um passo à frente; amar o que faz; e acreditar que é capaz.
Geralmente, os problemas não são novos – as dificuldades se repetem, em tempos e cenários diferentes, mas, em essência, continuam as mesmas. Sendo assim, “Oportunidades Disfarçadas” é uma verdadeira injeção de estímulo para qualquer empreendedor.
Quer o resumo de algum livro que não encontrou aqui? Deixe sua sugestão abaixo e faremos o possível para adicioná-lo.
Sua opinião é importante para nós!
Categorias dos Resumos