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Carina Furlanetto, uma jornalista e escritora de 36 anos, originária de Bento Gonçalves, compartilha uma trajetória fascinante que mistura paixão pelo jornalismo, aventura e busca por autoconhecimento.
Após graduar-se em Jornalismo pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) em 2009, Carina mergulhou no mundo das assessorias de imprensa e jornais locais em sua região natal. Contudo, em 2018, ela e seu parceiro, também jornalista, João Paulo Mileski, decidiram fazer uma pausa radical em suas carreiras para embarcar em uma aventura única: conhecer toda a América do Sul e o Brasil de carro. Esse sonho deu origem ao projeto “Crônicas na Bagagem”, no qual registraram suas descobertas e experiências ao longo dessa jornada.
Apesar de terem sido forçados a retornar para casa devido à pandemia, Carina e João Paulo não deixaram a paixão pela escrita e pela estrada esmorecer. Durante esse período, escreveram um livro, intitulado “Crônicas na Bagagem: 421 dias na estrada – uma jornada de desprendimento pela América do Sul”, e desenvolveram produtos físicos e virtuais para sustentar o projeto.
Em abril de 2021, Carina e João Paulo alcançaram o objetivo de conhecer todos os estados brasileiros, uma jornada que não apenas ampliou seus horizontes geográficos, mas também os fez repensar o papel do jornalismo e da mídia na sociedade. Ao compartilharem suas experiências nas redes sociais, refletiram sobre a importância de oferecer uma visão mais ampla e equilibrada do mundo, além de questionar os limites da informação e como o jornalismo pode contribuir para um mundo melhor.
Atualmente, de volta ao Rio Grande do Sul, Carina e João Paulo planejam explorar todas as nuances desse estado antes de voltarem para casa em Bento Gonçalves, onde pretendem escrever um novo livro sobre as diversas realidades encontradas durante suas viagens.
Em “Crônicas na bagagem: 421 dias na estrada – uma jornada de desprendimento pela América do Sul”, testemunhamos uma aventura realizada por dois jornalistas, Carina Furlanetto e João Paulo Mileski, que decidiram deixar seus empregos e estudos para embarcar em uma saga sem destino fixo, gastando suas economias em uma viagem de carro por dez países da América do Sul.
A obra se apresenta como um diário repleto de relatos detalhados e conduz o leitor a uma expedição por destinos turísticos e pouco explorados em dez países da América do Sul durante catorze meses, mas, acima de tudo, é uma viagem interior de um casal que se aventurou fora de sua zona de conforto.
Tal jornada começou repleta de dúvidas e incertezas, e que, com o tempo, formaram uma bela lição: não espere começar algo apenas quando se sentir preparado. Da mesma maneira que começou repleta de imprevisibilidades, teve de ser precocemente interrompida por um infortúnio, em 2020.
Em diversos momentos também é possível se iluminar pela bondade de muitas pessoas – e, em poucas ocasiões, ser recordado da maldade de outras; refletir sobre a felicidade nas coisas mais simples e questionar conceitos de tal felicidade e liberdade; e, principalmente, se impressionar pela capacidade de adaptação e superação que temos, e que costumamos subestimar. Se tratando de adaptação, os dois verdadeiramente se destacaram.
Podemos sentir como se conhecêssemos há anos o João e a Carina, e acompanhar em tempo real a jornada do casal pelo Instagram torna a leitura ainda mais íntima. O interessante de ler os textos que escreviam conforme viajavam é que vimos as experiências pelas quais eles passaram sob uma nova perspectiva, muito mais introspectiva. Refletimos, por diversos momentos, sobre nossas próprias vidas e sobre as diferenças entre viver ou apenas existir.
É difícil ler esse livro e não se pegar, por diversas vezes, cogitando vender todos os pertences, largar o emprego e cair na estrada, explorando culturas diferentes e realizando sonhos de infância.
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