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Aqui, você encontrará uma seleção cuidadosamente elaborada de resumos concisos e informativos de diversas obras literárias.
“Edificar-se Para A Morte: Das Cartas Morais de Lucílio” é uma obra escrita pelo filósofo romano Sêneca, no final de sua vida. O livro é composto por um conjunto de cartas endereçadas supostamente a Lucílio, amigo e discípulo de Sêneca, e tem como tema principal como lidar com a vida e a morte, e a ideia de que é necessário viver bem para morrer bem.
É preciso estar sempre se vigiando contra a procrastinação, tomando o hoje sob as próprias mãos e diminuindo a dependência do amanhã. Também é bobeira contar os anos, visto que é incerto em que lugar a morte o aguardará – deve-se aguardá-la a todo momento, em todo lugar. A duração da existência é um fator externo, mas o quanto a vida verdadeiramente vai durar depende inteiramente de cada um, desde que não atravessemos uma existência inútil: devemos dirigir ativamente nossas vidas. O que importa é que se viva bem, e não que se viva muito.
Na primeira carta, Sêneca argumenta que a morte é um fato natural da vida e que é importante aceitá-la e preparar-se para ela. A partir daí, o autor discute uma série de assuntos relacionados ao tema, como a importância da filosofia para se viver bem e morrer bem, a necessidade de viver de forma simples e virtuosa, a importância de manter a calma e a serenidade diante da morte, entre outros.
Para o estóico, a morte em si não é incômodo algum, pois ela é o “não ser” – ou seja, para incomodar ela precisaria ser, mas já que não é, não incomoda. Ao meditar sobre a morte, a pessoa se torna independente do seu corpo, que é meramente um abrigo temporário, enquanto o espírito / anima é o que realmente perdurará. Isso lhe faz transcender acima do alcance de toda autoridade, pois a prisão e o confinamento já não têm mais efeito.
Não há necessidade de sofrer antecipadamente pelos males que sofrerá, pois isso desperdiça o momento presente sendo que já é algo que inevitavelmente vai ocorrer no futuro. O que podemos fazer é desenvolver um espírito grandioso e digno para enfrentarmos bravamente o que é fortuito, entrando assim em harmonia com a natureza.
Em diversas cartas, Sêneca enfatiza a importância da filosofia como ferramenta para lidar com a morte. Ele argumenta que é preciso cultivar a razão, a sabedoria e a virtude para se viver bem e que essas mesmas virtudes são essenciais para uma morte tranquila e serena. Além disso, o autor enfatiza a importância de se viver de forma simples e moderada, evitando o luxo e o excesso, e de se praticar a compaixão e a generosidade.
Ao longo das cartas, Sêneca também aborda temas como a amizade, o poder e a política. Uma crítica feita por ele é para as pessoas que negligenciam as amizades, mas, quando estas se partem, entram em um estado de luto com toques de hipocrisia, buscando dar indícios tardios do próprio afeto e temendo haver dúvidas se já os amou.
Por fim, ele trata sobre a homologia estoica: é preciso conservar a própria essência do espírito, mantendo uma coerência plena e desempenhando um só papel.
“Edificar-se Para A Morte” é uma obra que busca ensinar ao leitor como viver bem e morrer bem, argumentando que a filosofia, a simplicidade e a virtude são essenciais para alcançar esses objetivos. Sêneca apresenta uma série de reflexões profundas e práticas sobre o tema, fazendo deste livro uma das obras mais importantes da filosofia estoica.
“O Peso das Dietas: Emagreça de forma sustentável dizendo não às dietas” é um livro escrito pela nutricionista e engenheira de alimentos Sophie Deram, publicado em 2018, que traz uma nova perspectiva sobre alimentação e emagrecimento. A autora expõe evidências e argumentos contrários à adoção de dietas restritivas, mostrando de que maneira elas são ineficientes a longo prazo e como também são extremamente prejudiciais em diversos aspectos além do físico, como o psicológico e social, e advocando contra o terrorismo nutricional, além de descomplicar a nutrição.
Sophie aborda um assunto que faz parte da vida de muitas pessoas: a dieta. Deram afirma que as dietas restritivas não apenas falham 95% das vezes, mas também podem levar ao ganho de peso no longo prazo. Ela explica que o organismo e o cérebro não entendem a perda de peso como algo positivo e, por isso, desenvolvem mecanismos de adaptação para nos proteger, como reduzir o metabolismo e aumentar a vontade por alimentos. Além disso, as dietas podem desregular o apetite, causar o “efeito sanfona” e aumentar o risco de transtornos alimentares – a relação com a comida deve ser leve e prazerosa.
Um exemplo real de como os mitos em torno da alimentação podem distorcer a realidade de maneira prejudicial é como a gordura foi, por décadas, apontada erroneamente como grande vilã nutricional, de modo que as pessoas substituíram as gorduras pelos açúcares, os quais se mostraram muito mais perigosos e piores nutricionalmente do que as gorduras.
Deram é contra restrições alimentares severas e terrorismo nutricional e a favor do prazer em comer, da reeducação alimentar e do respeito ao corpo e organismo, e mostra como a indústria alimentícia e a cultura da dieta contribuem para o ganho de peso e o surgimento de transtornos alimentares. Ela defende que a melhor forma de emagrecer de forma saudável e sustentável é retomar o prazer em comer, sendo até mesmo uma celebração social, de modo que o compartilhamento da comida se torna um momento de felicidade entre as pessoas.
Ela separa os alimentos em três grandes grupos: energéticos (carboidratos e gorduras), construtores (proteínas) e reguladores (vitaminas e minerais). Além disso, separa também os graus de processamento dos alimentos: alimentos in natura, ingredientes culinários processados, alimentos processados e alimentos ultraprocessados. Se você respeita os 3 grupos alimentares na maioria das refeições, e preza pelos alimentos in natura e mastigáveis, estará nutrindo bem seu corpo. Tudo isso, claro, com moderação e sem terrorismo. O ato de cozinhar, por si, muito provavelmente já o fará ter uma alimentação bem mais saudável.
É essencial ouvir e antender as necessidades do corpo, escolher alimentos com o mínimo de processamento possível e, principalmente, respeitar o organismo para que ele entenda que perder peso não é uma agressão. Através do “comer consciente”, podemos nos saciar e nos satisfazer mais, até mesmo saboreando mais os alimentos.
No último capítulo, a autora, que gosta muito de cozinhar, nos traz algumas dicas de organização e planejamento, e, em seguida, mais de 70 receitas, desde pratos principais até sopas e sobremesas.
“O Peso das Dietas” é uma leitura interessante e esclarecedora para quem deseja mudar a relação com a comida e emagrecer de forma saudável e sustentável. Sophie Deram fornece informações baseadas em pesquisas científicas e mostra que é possível emagrecer sem sofrimento, sem dietas restritivas e sem abrir mão do prazer de comer.
O livro “Uma Confissão” é uma obra autobiográfica escrita por Liev Tolstói, publicada em 1882. Tolstói estava em uma fase da vida em que enfrentava uma crise existencial, buscando uma resposta tanto por vias espirituais como científicas, mas, em ambos os casos, o destino final sempre seria o mesmo: a morte – o que o fez concluir que a vida é cruel e absurda.
A história começa com o personagem principal, que representa o próprio Tolstói, descrevendo sua vida confortável e sem sentido na nobreza russa do século XIX. Ele começa a questionar sua existência e se vê confrontado com a inevitabilidade da morte, o que o leva a uma profunda crise pessoal. Em busca de respostas, ele recorre ao entendimento de grandes mestres filósofos e psicólogos sobre esse assunto, bem como o do conhecimento oriental, mas nada parece satisfazê-lo.
O autor percebeu que existem quatro saídas para isso: ignorância, epicurismo, suicídio ou fraqueza, levando uma vida arrastada ciente dessa angústia.
Através da ciência, ele encontrara apenas vagas explicações sobre nosso surgimento, as quais supostamente fariam sentido após serem entendidas, mas que continuaram não fazendo sentido.
Pela razão, a vida fazia ainda menos sentido, e inclusive uma grande contradição foi encontrada, visto que, se não houvesse vida, não haveria razão – sendo a razão a filha da vida -, e, a razão admite que a vida é irracional. Ou seja: como pode essa razão negar a vida, se ela mesma é criadora da vida?
Finalmente, Tolstói entendeu que, para entender o sentido da vida, faria mais sentido buscá-lo não em pessoas que também o perderam e querem se matar, mas nas pessoas simples, que levam uma vida muitas vezes sofrível e absurda. Então ficou claro que a humanidade possui um conhecimento do sentido da vida, o qual era desprezado e não reconhecido pelo autor. Esse saber é um saber irracional: a fé, ensinada por Jesus Cristo.
A partir desse momento, Tolstói começa a viver uma vida mais simples e se dedica à ajuda aos pobres e à defesa da paz. Ele percebe que a verdadeira felicidade só pode ser encontrada em um propósito maior do que o próprio ego, e passa a viver de acordo com Deus e seguindo os costumes da igreja ortodoxa russa, algo que, passado um tempo, deixara de fazer sentido para ele, visto que começou a enxergar a hipocrisia nas pessoas que agiam dessa mesma maneira, sendo elas extremamente heréticas.
Ao longo do livro, Tolstói reflete sobre questões como a existência de Deus, a natureza da vida e da morte, a felicidade e a busca por um significado maior na vida. Ele aborda temas universais que ainda são relevantes nos dias de hoje, como a busca por significado e propósito em nossas vidas.
“Uma Confissão” é uma obra autobiográfica íntima e emocionalmente poderosa, que apresenta um retrato honesto e comovente da jornada pessoal de Tolstói em busca de sentido e significado. A obra é um dos pontos altos da literatura russa e um dos trabalhos mais pessoais do grande escritor.
Em “Crônicas na bagagem: 421 dias na estrada – uma jornada de desprendimento pela América do Sul”, testemunhamos uma aventura realizada por dois jornalistas, Carina Furlanetto e João Paulo Mileski, que decidiram deixar seus empregos e estudos para embarcar em uma saga sem destino fixo, gastando suas economias em uma viagem de carro por dez países da América do Sul.
A obra se apresenta como um diário repleto de relatos detalhados e conduz o leitor a uma expedição por destinos turísticos e pouco explorados em dez países da América do Sul durante catorze meses, mas, acima de tudo, é uma viagem interior de um casal que se aventurou fora de sua zona de conforto.
Tal jornada começou repleta de dúvidas e incertezas, e que, com o tempo, formaram uma bela lição: não espere começar algo apenas quando se sentir preparado. Da mesma maneira que começou repleta de imprevisibilidades, teve de ser precocemente interrompida por um infortúnio, em 2020.
Em diversos momentos também é possível se iluminar pela bondade de muitas pessoas – e, em poucas ocasiões, ser recordado da maldade de outras; refletir sobre a felicidade nas coisas mais simples e questionar conceitos de tal felicidade e liberdade; e, principalmente, se impressionar pela capacidade de adaptação e superação que temos, e que costumamos subestimar. Se tratando de adaptação, os dois verdadeiramente se destacaram.
Podemos sentir como se conhecêssemos há anos o João e a Carina, e acompanhar em tempo real a jornada do casal pelo Instagram torna a leitura ainda mais íntima. O interessante de ler os textos que escreviam conforme viajavam é que vimos as experiências pelas quais eles passaram sob uma nova perspectiva, muito mais introspectiva. Refletimos, por diversos momentos, sobre nossas próprias vidas e sobre as diferenças entre viver ou apenas existir.
É difícil ler esse livro e não se pegar, por diversas vezes, cogitando vender todos os pertences, largar o emprego e cair na estrada, explorando culturas diferentes e realizando sonhos de infância.
O livro “A Desobediência Civil”, escrito por Henry David Thoreau e publicado em 1849 originalmente como “Civil Disobedience”, é um ensaio que defende a ideia de que é moralmente justificável quebrar as leis em determinadas situações, especialmente quando essas leis vão contra os nossos princípios mais profundos.
Thoreau argumenta que a desobediência civil é um ato de resistência pacífica contra um governo injusto, e que é preferível a essa forma de resistência do que a violência ou a submissão passiva. Ele ilustra essa ideia com sua própria experiência de se recusar a pagar impostos como forma de protesto contra a escravidão e a guerra entre os Estados Unidos e o México. Thoreau foi preso por essa atitude (seu breve tempo na prisão o inspirou a escrever a obra), evidenciando que não podemos permitir que a lei seja a única fonte de moralidade, e que às vezes é necessário desafiar a autoridade para preservar nossos valores – quando essas leis ou governos são injustos e opressivos, tal desafio torna-se um dever moral.
O autor também critica a democracia representativa, argumentando que ela muitas vezes não representa a vontade do povo e que a maioria pode ser injusta com as minorias. Para ele, o melhor governo é aquele que não governa. O estado transforma as pessoas em máquinas livres do exercício do julgamento ou do senso moral, rebaixando-os ao nível da madeira, da terra e das pedras. Ele diz que se deve, antes de tudo, certificar-se de não estar pisando sobre os ombros de outros quando estiver fazendo algo. E que, se a injustiça for do tipo que requer que você seja o agente da injustiça contra outra pessoa: Viole a lei.
A vivência de Thoreau foi fundamental para a concepção da obra. Ele viveu em uma época de grande agitação social e política nos Estados Unidos, marcada pela luta contra a escravidão, a guerra dos EUA contra o México e a imposição de impostos para financiar tal guerra, bem como teceu diversas críticas ao estado de Massachusetts por sua aplicação da Lei do Escravo Fugitivo.
Além disso, ele também era um pensador profundo e crítico da sociedade de sua época, especialmente da sua excessiva preocupação com o materialismo e do conformismo dos indivíduos. Ele acreditava que a desobediência civil era uma forma de resistir a essa conformidade e de defender a liberdade individual. Ainda assim, ele deixa claro que não pretende resolver todas as injustiças do mundo, e nem que as pessoas deveriam se obrigar a isso.
Na segunda parte desta edição do livro há um trecho retirado de sua (talvez mais famosa) obra Walden, no qual foram contadas suas motivações para ir viver afastado da sociedade: viver plenamente o dia, simplificar sua vivência e viver deliberadamente a vida. Preza muito pelas manhãs, dizendo que é o período em que os eventos memoráveis geralmente ocorrem.
Em seguida, há um ensaio sobre caminhar, onde Thoreau fala sobre o quão valioso o tempo livre é, e também sobre suas jornadas perambulando pelos bosques e morros ao redor de Concord, venerado os Andarilhos e estimando tudo que há de mais selvagem. Ele diz ainda sobre estar sempre presente no momento, e que de nada vale uma caminhada em que sua cabeça esteja totalmente em outro lugar.
“A Desobediência Civil” é considerado um dos textos mais influentes da história dos movimentos sociais e da filosofia política. A ideia de que é justificável desafiar a autoridade para proteger nossos valores e crenças tem inspirado muitos ativistas e líderes de mudanças sociais ao longo dos anos.
Esse ensaio provocativo desafia as nossas ideias sobre o papel do governo e da lei na sociedade, sendo uma leitura essencial para os tempos atuais, principalmente para quem se interessa em política, filosofia ou história, e continua a ser uma fonte de inspiração para aqueles que lutam pela liberdade. É um conjunto maravilhoso de suas obras e levanta diversas reflexões sobre o indivíduo diante dos governos injustos e tirânicos; o apreço pela natureza, a vivência plena e no presente.
“Como Mentir com Estatística” é um livro escrito por Darrell Huff publicado em 1954 com o título original “How to Lie with Statistics”. É considerado uma obra-prima na área de estatística, servindo amplamente como uma introdução aos princípios da estatística para o público em geral.
A obra apresenta várias estratégias e técnicas que as pessoas usam para enganar outras pessoas com estatísticas. Algumas das principais estratégias incluem:
Além disso, o livro também apresenta exemplos reais de como as estratégias acima são usadas para enganar as pessoas e como identificar e evitar essas táticas. A dica mais valiosa do livro é a de sempre desconfiar de estatísticas que parecem muito boas para ser verdade. Entedemos a importância de questionar as fontes de informação e de entender como as estatísticas foram coletadas e interpretadas; de buscar outras fontes de informação; e de verificar se os resultados são consistentes antes de aceitar qualquer estatística como verdadeira.
Mais do que sua experiência como jornalista e escritor, Huff também possui formação em matemática e estatística, o que lhe deu uma boa base para escrever o livro e explicar os conceitos estatísticos de forma clara e acessível para o público em geral. A combinação de sua experiência como jornalista e escritor e sua formação em matemática e estatística permitiu que ele escrevesse uma obra que é ao mesmo tempo informativa e divertida de ler.
O livro é escrito de forma clara e acessível, e é uma leitura valiosa para qualquer pessoa interessada em entender como as estatísticas podem ser usadas para enganar as pessoas. Devemos sempre estar focados e atentos, nos questionando quem está dizendo algo, buscando a parcialidade e a tendenciosidade; como a pessoa sabe de tal informação; o que poderia estar faltando e que fora ocultado; se houve uma “mudança de assunto”; e se determinada informação realmente faz sentido.
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